O ex-presidente Jair Bolsonaro, cuja elegibilidade foi questionada, desembarcou no Aeroporto Internacional de Belém por volta das 11h de sexta-feira (20), acompanhado por sua esposa, Michelle Bolsonaro. Sua agenda, embora envolva eventos eleitorais, contou com a presença de sua claque de apoiadores, que esteve ao seu lado ao longo da visita, mesmo diante de situações constrangedoras que ele enfrentou na capital paraense.
Atrapalhando a missa
Em um dos compromissos, a visita à Basílica Santuário de Nazaré, Bolsonaro discursou para seus apoiadores na Praça Santuário, embora tenha enfrentado indiferença predominante e registros indignados nas redes sociais, que denunciaram a interrupção da programação da igreja naquele horário.
Bolsonaro também participou de um jantar na casa do controverso deputado federal Éder Mauro, membro do mesmo Partido Liberal (PL) do ex-presidente inelegível, reunindo outros políticos aliados. Suas declarações públicas mantiveram um tom entre o delirante e a negação, com repetições dos slogans de seu governo, que frequentemente parecem vazios de significado e refletem valores contraditórios.
Sombra, água fresca e… política?
No sábado (21), Bolsonaro e sua equipe visitaram a Orla do Distrito de Icoaraci, onde discutiram o cenário político em nível nacional e local, especialmente em relação às eleições municipais de 2024. A presença de políticos como Éder Mauro, Delegado Caveira, Rogério Barra e Mayky Vilaça indica a importância dessas discussões.
Calypso
Michelle Bolsonaro, como uma alternativa política diante da inegibilidade de Jair Bolsonaro, coordenou o Encontro do PL Mulher no Pará, um evento voltado para a preparação das mulheres para as eleições municipais. Contudo, o destaque da estadia talvez tenha sido uma postagem animada de Michelle, na qual ela recebeu bombons regionais, agradeceu o “carinho de Belém” e dançou ao som de Joelma, musa da música regional. Os Bolsonaro em Belém: irrelevância e constrangimento podem ser o resumo de uma visita sem pé nem cabeça.