As democracias desenvolveram maneiras de garantir sua estabilidade e continuidade. São leis, princípios e conceitos que permitem que o sistema complexo em que elas consistem funcionem, sem que haja rupturas ou distorções. Mas a verdade é que, na realidade, tênis de lidar com a Democracia e vilões.
Separação de poderes
Um desses pressupostos é a separação dos poderes. As democracias modernas optaram por dividir o estado e o governo em três poderes. Estes entes são chamados de poderes executivo, legislativo e judiciário, no Brasil. Cada um deles com suas atribuições específicas e a responsabilidade de fiscalizar os demais através dos mecanismos registrados em lei.
Tentações
Ocorre que, eventualmente, os representantes de determinado poder caem na tentação de extrapolar suas atribuições para, em proveito próprio, interferir nos demais poderes, causando distorções que rompem com o império da lei. A Democracia e vilões, portanto, tem de coexistir para prejuízo de todos, menos destes últimos.
Más intenções
É o que parece estar ocorrendo em Ananindeua.
Dr. Daniel é o chefe do poder executivo, o prefeito da cidade. Como tal, está submetido à fiscalização do poder legislativo, representado pela câmera de vereadores que carrega a obrigação de fiscalizar a execução das atividades da prefeitura e de suas contas.
Obstrução
Passa que, atualmente, o prefeito médico está utilizando toda a sua influência junto aos vereadores, com quem mantém relações carnais baseadas em maneiras não tão republicanas (cargos, empregos na máquina pública, direcionamento de benefícios, etc) talvez, para obstruir a tal fiscalização.
Manobra
Segundo o vereador Bolinha, do município, foi o que ocorreu quando Dr. Daniel teria mandado esvaziar a sessão da Câmara municipal que iria abordar os empréstimos autorizados pela casa junto à Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, no montante de cerca de seiscentos milhões de reais, isso, mesmo, para serem aplicados em melhorias na cidade.
Sem o quórum necessário para a realização da sessão, os vereadores não puderam expor os fatos e nem a imprensa pode fazer seu trabalho de os levar ao público, o maior interessado.
Sobre o dinheiro, nada se sabe. Daniel nada conta.
A manobra é um clássico, mas um clássico de governantes que não se importam ou respeitam a democracia, o povo, os poderes distintos. Dr. Daniel navega o ano eleitoral mostrando sua faceta mais sombria, a de um governante obscuro que sabe fazer duas coisas muito bem, contar suas realizações e esconder suas faltas.
Abre o olho, Ananin!
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