O Pará Inexistente, ainda
O Pará inexistente
Helder Barbalho conduz o estado do Pará no fio da navalha. Habilmente, ainda que de forma perigosa, uma vez que os desafios do cargo demandam que ele gerencie um Pará do passado, cuja existência é incompatível com o que o político se propõe a fazer no cargo, com o Pará que ele promove, principalmente em suas agendas sobre meio ambiente e economia, o Pará inexistente, ainda.
Em construção
Líder eleito do mais importante estado do Brasil, região chave para o mundo em época de crise climática, Helder tem a atribuição histórica de liderar um projeto em construção. Suas falas tocam em assuntos e temas que a maioria de todos nós, populares, nunca ouviu ou pouco sabe.
Agricultura regenerativa, sequestro de carbono, bioeconomia são pontos que, para Helder, devem reger as agendas econômicas do Pará objetivando sincronizar as vocações do estado com os novos tempos e as velhas atividades que devem, segundo os planos das políticas públicas traçadas pelo governador, perder espaço.
“Pará que Helder vende ao mundo na COP 28 não existe”
Assim que Auricélia Arapiun, líder do povo Arapium e coordenadora do Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns (Cita), denunciou Helder Barbalho. De fato, ela tem razão, mas esqueceu de dar os méritos ao governador do estado por ser o primeiro líder paraense a dar ao estado uma visão diferente que é capaz de convergir com a visão dos povos indígenas de um futuro possível.
Mais do que isso, Helder tem estruturado ousados planos para fazer essa visão florescer. Tem empregado sua excelência administrativa e sua profunda capacidade política para fazer acontecer o que nunca antes aconteceu: transformar a ação estatal na Amazônia uma ação de promoção da sustentabilidade.
Ao desprezar isso, a liderança mostra o como, por vezes, o sonho e a causa são cegos para a realidade política dos fatos e para o como a realidade não se faz com mágica e apenas boa vontade.
Quer saber mais sobre o Pará? Leia O Paraense e, siga, curta, comente e compartilhe nossas redes sociais em @portaloparaense.