Liderança difícil e necessária
O papel histórico que Helder Barbalho assume como governador do Pará exige uma liderança difícil e necessária.
Mistura de pretensão pessoal e momento histórico no qual se encontra, esse papel é fundamental para a trajetória não apenas de Helder, mas do Pará, da região Norte, da Amazônia e do planeta.
Pretensão pessoal e momento histórico
Helder é o governante no poder durante a transição que ele próprio adotou como missão enquanto líder: conduzir o Brasil a uma nova matriz econômica a partir dos portenciais bioeconômicos da Amazônia, retirando o Pará da lista de vilões ambientais para o colocando no da de campeões econômicos verdes.
O novo e o antigo
Sob sua batuta, vai nascer a nova economia e ele é ator fundamental na criação delas com políticas públicas ousadas, como a estruturação de mercados de carbono, a alavancagem do reflorestamento como atividade econômica e o avanço de outros segmentos que seu governo vem promovendo.
Mas, ainda sob sua condução, prosperarão, também, os velhos negócios que devastam a floresta e que foram levados ao Pará pelo Estado e pela ausência dele na forma de omissão ou mesmo estímulo, caso da abertura da fronteira aos grande negócios pecuários e agrícolas.
Problemas de outros
Helder ainda atua com um limitador crítico. Setenta por cento do estado que governa é de administração federal e, embora suas relações com o atual mandatário e suas equipes sejam as melhores possíveis, a esfera federal foi vítima de um furação de desmontes e ataques em sua gestão ambiental, sob o governo de Jair Bolsonaro.
Helder foi o maior rival de Jair Bolsonaro e o principal obstáculo à insanidade de um governo cujas ações até hoje repercutem como atraso na agenda ambiental.
Talvez, as convocações populares para que Helder ascenda na política como presidente consigam ampliar seus pontos de vista para políticas nacionais.
Na política, não há trégua
Embora não seja impossível que esses dois momentos coexistam e isso seja até natural, a dubiedade que não é de Helder, mas do momento histórico em que ele lidera, o político vive sob fogo cerrado de adversários políticos que incentivam discursos que, além de irresponsáveis, ignoram a profunda complexidade dos desafios que estão postos.
Helder: o homem certo para a liderança difícil e necessária
Helder, cuja trajetória é única na política, vai, com certeza, estar no centro dos desafios nacionais pelos próximos trinta anos. Sua vitrine maior, a COP-30, em Belém, em 2025, vai nos dizer qual o tamanho que ele alcançará. O povo paraense espera que o Brasil e o mundo possam conhecer esse personagem.
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