Semas expõe a política de acordos de pesca do Pará na São Paulo Climate Week

No evento foi apresentada a parceria público-privada de apoio à bioeconomia azul ribeirinha, que beneficia várias comunidades do interior do Estado A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participou da São Paulo Climate Week, um evento inspirado na Climate Week NYC – evento realizado em Nova Iorque, destinado a sensibilizar líderes empresariais, gestores e representantes da sociedade civil sobre as consequências das mudanças climáticas. No evento ocorrido na capital paulista, encerrado na sexta-feira (30), Rodolpho Zahluth Bastos, secretário-adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, destacou a política estadual dos acordos de pesca firmados no Pará, que tem gerado benefícios socioeconômicos para comunidades ribeirinhas. “Hoje temos nove acordos de pesca firmados e outros 16 em construção. A política estadual dos acordos de pesca, implementada pela Semas desde 2021 através do Programa Regulariza Pará, já envolve mais de 240 comunidades pesqueiras em todo o Estado”, informou Rodolpho Bastos. Atualmente, a política de acordos de pesca no Pará abrange 240 comunidades e beneficia mais de 14 mil famílias. Os acordos garantem práticas de pesca sustentável, prevenindo a sobrepesca e mitigando impactos ambientais negativos. Além disso, proporcionam benefícios econômicos contínuos e segurança alimentar às comunidades, combatendo a pesca predatória e o comércio ilegal de peixes durante o período do defeso. Bioeconomia azul – “A pesca artesanal é uma das maiores bioeconomias do Pará. É a nossa bioeconomia azul ribeirinha. Garantir a sustentabilidade do modo de vida das comunidades pesqueiras é também garantir equilíbrio entre os diferentes usos de recursos naturais por comunidades na Amazônia. Se o pescador não tiver de onde tirar seu sustento, esse equilíbrio é inevitavelmente rompido. Não por acaso, onde há comunidades que vivem da pesca, é onde mais temos a floresta preservada”, afirmou o secretário-adjunto. Ele também ressaltou a importância da parceria entre os setores público e privado na estruturação de políticas públicas e no apoio a programas de implementação alinhados ao Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) e à Política Estadual de Mudanças Climáticas. “Muitas empresas têm desenvolvido programas ASG/ESG (Ambiental, Social e Governança), seja por exigência do mercado, demanda dos acionistas ou normas regulamentadoras do comércio internacional. Esses programas não podem ser pensados, elaborados e implementados de forma isolada. Precisam estar em consonância com os programas, planos e políticas de clima dos Estados da Amazônia. No Pará, já temos esse diálogo. Uma das tratativas recentes resultou, por exemplo, em acordo de estruturação dos territórios comunitários de pesca pela Hidrovias do Brasil (HBSA). Todos ganham”, ressaltou Rodolpho Bastos. Sustentabilidade – Os acordos já firmados incluem os municípios de Santarém, Óbidos, Juruti, Bragança, Monte Alegre, Oriximiná e Cametá, nas regiões de Integração Baixo Amazonas, Rio Caeté e Tocantins. Mais 16 acordos estão em fase de tratativas, para beneficiar comunidades de outros municípios, como Limoeiro do Ajuru, Muaná, Barcarena e Acará. “Os acordos asseguram a sustentabilidade das áreas exclusivas de pesca, promovendo a recuperação ambiental e valorizando os conhecimentos tradicionais das comunidades”, acrescentou o secretário-adjunto.. A regularização ambiental das áreas de acordo de pesca ajuda a garantir a manutenção da sustentabilidade das atividades pesqueiras, respeitando os direitos das comunidades e as leis ambientais vigentes. A Semas é pioneira na criação e implementação desses acordos, consolidando-os como política pública estadual. O acordo de pesca é formalmente reconhecido como um instrumento de gestão ambiental pela Política Pesqueira e Aquícola do Estado do Pará, reforçando o compromisso do Estado com a conservação ambiental e manutenção dos recursos pesqueiros. A legislação para a formalização dos acordos de pesca no Pará inclui a Instrução Normativa nº 02, de 07 de outubro de 2022, que estabelece os procedimentos para homologação dos acordos no âmbito da Semas. O “Regulariza Pará”, programa vinculado ao Plano Estadual Amazônia Agora, integra a Política Estadual de Mudanças Climáticas. Participaram do painel Janice Maciel (Fundação Certi), Carolina Koepke (Quintessa), Renato Ramalho (KPTL) e Cleicí Tavares (Coomaru), com mediação de Guilherme Menechini (Kyvo). Texto: Antônio Darwich – Ascom/Semas

Paralimpíadas 2024: Claudiney Batista quebra recorde e leva o tri no lançamento do disco

Brasileiro supera melhor marca em Jogos Paralímpicos e volta ao topo do pódio em Paris. Beth Gomes bate recorde mundial no arremesso do peso F53 e fatura a prata na junção com a classe F54 Claudiney Batista conquistou o tricampeonato do lançamento do disco F56 nas Paralimpíadas (classe para pessoas que competem em cadeira). Nesta segunda-feira, o mineiro de 45 anos quebrou o próprio recorde da competição para levar o ouro em Paris com a marca de 46,86m. O brasileiro tocou o sino dos campeões no Stade de France. Porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de abertura, Beth Gomes faturou a prata no arremesso do peso F54. A paulista de 59 anos quebrou o recorde mundial da classe F53, mas, como competiu em uma categoria de menor comprometimento físico-motor que a sua, acabou na segunda posição. Ela compete ainda nesta segunda-feira no lançamento disco F53, prova em que defende o título paralímpico – o sportv 2 transmite a partir de 14h (de Brasília).

Governador, Helder Barbalho, entrega novas obras e chega a mais de 18 quilômetros de asfalto em Icoaraci

Segundo o governador, Icoaraci vai continuar recebendo serviços de pavimentação em mais 56 ruas O Governo do Pará continua com investimento em novas obras de infraestrutura e mobilidade urbana na capital paraense, Belém. E, na noite desta segunda-feira, 19, o governador, Helder Barbalho, entregou quatro ruas asfaltadas no Conjunto Cohab, no bairro da Campina, chegando a mais de 18 quilômetros de pavimentação asfáltica no Distrito de Icoaraci, desde 2019. Durante o evento de entrega, Helder Barbalho destacou a importância do investimento em asfalto nas cidades e lembrou que Icoaraci vai continuar recebendo serviços de pavimentação em mais 56 ruas. “Coisa boa iniciar a semana com mais uma entrega. Estamos trabalhando em um plano de investimento em todas as cidades do Estado, nos 144 municípios. Seguimos dando continuidade ao Programa ‘Asfalto Por Todo o Pará’. Todos os anos o Governo trabalha, assim que o verão chega, para avançar com as obras e no inverno concluir as que estão em andamento. Estamos, todas as semanas, inaugurando ruas. Na semana passada foram 11 ruas na Cabanagem. Aqui, em Icoaraci, estamos inaugurando ruas e já seguindo o trabalho em outras. São 56 ruas só aqui em Icoaraci, para poder tirar o povo da lama no inverno, da poeira no verão, facilitando a vida das famílias, valorizando os imóveis e garantindo que a infraestrutura possa chegar em todas as comunidades, em todos os bairros”, pontuou o chefe do Executivo estadual. “É muito bom andar nessa rua que não tem mais lama, não tem mais poeira. Asfalto é saúde, dignidade, prosperidade na vida das pessoas. Por isso o Programa ‘Asfalto Por Todo o Pará’ é tão importante na vida dos moradores. O nosso governador, Helder Barbalho, iniciou, desde o início da gestão, a política de estar perto da comunidade, olhar no olho da população, ouvir as demandas. E eu quero dizer a Icoaraci que as notícias boas só estão começando. Mais 2 quilômetros já estão sendo pavimentados aqui. E virão mais 9 quilômetros de asfalto para Icoaraci. São 56 ruas que serão asfaltadas. O Governo do Estado segue com a ‘Caravana do Asfalto’ para ajudar a melhorar a vida da população”, pontuou a vice-governadora. As ruas com novo asfaltamento entregues na noite de hoje, 19, foram: Travessas W2, W3 e W4, assim como a Rua Passarela. Além do asfalto, as vias também receberam os serviços de terraplanagem, drenagem pluvial superficial e profunda, calçada, sarjeta, meio-fio e sinalização, gerenciados pela Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop).

Homens são protagonistas no enfrentamento à violência contra mulher em ação inovadora

Iniciativa é da Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) O governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado das Mulheres (Semu), órgão responsável pela políticas de prevenção, enfrentamento e mitigação da violência contra a mulher, promove a campanha ‘Pela Vida Delas – Feminicídio Zero’, em alusão ao ‘Agosto Lilás’. A campanha tem como base a Lei  Maria da Penha, e, entre as diretrizes, procura criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. “A Secretaria de Estado das Mulheres, enquanto articuladora da política para mulheres, lança a Campanha do Agosto Lilás, com uma agenda de Estado, com toda uma programação da Rede de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra Meninas e Mulheres, onde a Semu seguindo as diretrizes do Pacto Federativo (União, Estado, e Municípios) lança para todo o Pará, a Campanha Permanente do Feminicídio Zero. Entendemos que essa campanha deve envolver toda a sociedade para construção de uma cultura de respeito e de paz, e sobretudo pelas vidas das mulheres”, disse a titular da pasta, Paula Gomes. Durante todo o mês de agosto, a Semu vai realizar palestras, rodas de conversa, capacitação e campanhas educativas, com o intuito trabalhar a prevenção, sobretudo, aos crimes de feminicídio. Na oportunidade também será lançado o projeto ‘Eles com Elas Pelo Fim da Violência de Gênero’, que tem como objetivo trazer o homem como principal agente multiplicador dos direitos das mulheres. Homens pelo fim da violência A iniciativa será lançada, às 8h, da próxima segunda-feira (5), no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na travessa Quintino Bocaiúva, em Belém. A secretária da Semu reforça que, “ao lançar o projeto ‘Eles com Elas Pelo Fim da Violência de Gênero’, ancora-se na concepção pragmática de que o envolvimento dos homens é indispensável para a promoção e garantia de direitos de todas as meninas e mulheres. Essa proposta objetiva alcançar como produto e entrega, a criação da Rede Paraense de Homens Pelo fim da Violência de Gênero. O projeto será dividido em duas frentes. Haverá a formação de homens que fazem parte da sociedade civil e também que atuam nas diferentes frentes, como nas áreas da Segurança Pública, Saúde, Educação, Assistência Social, Sistema de Justiça, entre outras. A partir disso, a intenção é criar a Escola Estadual de Equidade de Gênero, que atuará ofertando cursos com a utilização de metodologias reflexivas e ativas. Partindo do fortalecimento dos agentes multiplicadores, o projeto também terá como resultado, a criação da Rede Paraense de Homens pelo fim da Violência contra Mulheres. “A Campanha do Agosto Lilás, pelo Feminicídio Zero, é fundamental para que a sociedade como um todo possa entender que o feminicídio é a forma mais extrema e cruel de violência, motivada pela misoginia como um crime de ódio, desprezo e discriminação às mulheres, por não aceitação a condição de mulher”, explica ainda Clarice Leonel, diretora de articulação de políticas para mulheres da Semu. Programação DATA: 05/08/2024 LOCAL: Auditório do Tribunal de Contas do Estado do Pará HORÁRIO: 8:30h EVENTO: Abertura da Campanha Alusiva ao Agosto Lilás, PELA VIDA DELAS: FEMINICÍDIO ZERO. Lançamento do projeto ‘Eles com Elas Pelo fim da Violência de Gênero: Falas masculinas sobre a Lei Maria da Penha. DATA: 06 à 09/08/2024 LOCAL: Auditorio da Secretaria das Mulheres (SEMU/PA) HORÁRIO: 8 às 17h EVENTO: Curso de Formação de Multiplicadores em Gênero DATA: 06/08/2024 LOCAL: Sala de Inclusão Digital – Secretaria das Mulheres (SEMU/PA) HORÁRIO: 8 às 17h EVENTO: Roda de Conversa sobre o Plano de Enfrentamento ao Feminicídio DATA: 07/08/2024 (18 anos da Lei Maria da Penha) LOCAL: Portal da Amazônia  HORÁRIO: 16 às 20h EVENTO: CAMPANHA PELA VIDA DELAS: FEMINICÍDIO ZERO- Ônibus Lilás DATA: 08/08/2024 LOCAL: Estaleiro Rio Maguari HORÁRIO: 6:30h EVENTO:  Falas Masculinas: masculinidades e paternidades como forma de prevenir a violência contra meninas e mulheres DATA: 13/08/24 LOCAL: Benevides  HORÁRIO: 9 às 14h EVENTO: EDUCAÇÃO PARA PROTEÇÃO: Maria da Penha nas Escolas do Pará DATA: 19 à 23/08/24  LOCAL: Centro Especializado de Atendimento às Meninas e Mulheres Marajoaras – Breves  HORÁRIO: 8 às 11h/13 às 17 h EVENTO: EDUCAÇÃO PARA PROTEÇÃO: Maria da Penha nas Escolas do Pará DATA: 21/08/24 LOCAL: Auditório COSANPA  Belém HORÁRIO: 8 às 12 h EVENTO: A FIGURA DA MULHER NO EMPREENDEDORISMO EXPO MULHER – Feirinha do Coletivo de Mulheres da SEMU OFICINA BELEZA MULHER  DATA: 27/08/24 LOCAL: Marituba HORÁRIO: 9 às 14h EVENTO: EDUCAÇÃO PARA PROTEÇÃO: Maria da Penha nas Escolas do Pará OFICINA BELEZA MULHER DATA: 28/08/2024 LOCAL: Auditório da SEMU HORÁRIO: 9 às 14h EVENTO: Curso de Consultoria de Beleza – Maquiagem para as mulheres escalpeladas e oncológicas.

Maioria pela 1ª vez, mulheres encabeçam sonhos de medalhas em Paris

Igualar ou superar, em Paris, o recorde de 21 medalhas da Olimpíada de Tóquio, no Japão, há três anos, passa necessariamente pelas mulheres. Pela primeira vez, o país terá uma delegação com predomínio feminina. Elas representam 153 dos 276 atletas assegurados na capital francesa, segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB). Algumas modalidades explicam essa maior presença feminina, que é inédita. No futebol, no handebol e no rugby as seleções masculinas não se classificaram à Olimpíada, ao contrário das femininas. Na ginástica artística, as mulheres se garantiram na disputa por equipes, assegurando cinco vagas em Paris. Os homens não tiveram o mesmo resultado e terão apenas dois representantes em provas individuais. No levantamento de peso, no wrestling e no pentatlo moderno as vagas conquistadas pelo Brasil foram todas com mulheres. Já no tiro esportivo, na esgrima, no tênis e nas águas abertas elas são maioria entre os atletas classificados. Para além de números absolutos, a delegação feminina apresenta candidatas reais a medalha em várias modalidades. Na ginástica artística, a campeã olímpica Rebeca Andrade se firmou, ao longo do ciclo de Paris, como maior ameaça à supremacia da norte-americana Simone Biles, chegando a superar a rival na prova do salto no Mundial do ano passado, na Antuérpia (Bélgica). Prata em Tóquio, Beatriz Ferreira chega em Paris como bicampeã do mundo e atual detentora do cinturão da Federação Internacional de Boxe (IBF, na sigla em inglês) no peso leve. Rayssa Leal acumulou dois títulos do circuito de skate street, além de ter vencido o Mundial de Sharjah (Emirados Árabes Unidos) desde a segunda posição nos Jogos da capital japonesa. No vôlei de quadra, mesmo caindo na semifinal, a seleção feminina emplacou 13 vitórias consecutivas na Liga das Nações, que reconduziram a equipe comandada por José Roberto Guimarães ao topo do ranking da modalidade. Na praia, a dupla formada por Duda e Ana Patrícia, campeã mundial em 2022 e vice no ano seguinte, também ocupa o posto de melhor do planeta. No judô, após ficar fora de Tóquio por causa de um caso de doping, Rafaela Silva retornou com tudo, com direito a um bicampeonato mundial em 2022, querendo agora o segundo ouro olímpico da carreira. Tricampeã do mundo também há dois anos, Mayra Aguiar é forte candidata a conquistar a sua quarta medalha nos Jogos (quem sabe a primeira dourada após três bronzes entre 2012 e 2020). As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze podem se tornar as primeiras brasileiras a conquistarem três ouros olímpicos, caso repitam o resultado das duas edições anteriores. Ainda nas águas, mas na maratona aquática, Ana Marcela Cunha se recuperou de uma séria lesão no ombro e se mudou para a Itália há um ano com intuito de buscar o bi nos Jogos de Paris. Também há candidatas a surpresa na capital francesa. Caso de Nathalie Moellhausen, oitava do ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE) e campeã da etapa de Barcelona (Espanha) da Copa do Mundo, no ano passado. Ou da seleção de ginástica rítmica, que tem alcançado resultados históricos, como o quarto lugar na prova dos cinco arcos no Mundial de 2023, em Valência (Espanha). O Brasil, inclusive, sediará a próxima edição do evento, em 2025. No tênis, Luísa Stefani foi bronze em Tóquio ao lado de Laura Pigossi. Em Paris, a principal duplista do país (e 12ª do mundo) terá Beatriz Haddad Maia como parceira. Apesar de priorizar as disputas de simples (é a 20º do ranking e número um do Brasil), Bia tem os melhores resultados da carreira nas duplas (entre eles uma final de Aberto da Austrália). No surfe, Tatiana Weston-Webb tem um vice-campeonato do circuito mundial (WSL, sigla em inglês) em 2021 e um quarto lugar na temporada seguinte. Neste ano, a brasileira está em sétimo lugar, mas somente quatro rivais que estão à frente também competirão nos Jogos. Já no futebol, a seleção convocada por Arthur Elias tem a craque Marta na última Olimpíada da carreira, buscando o que seria a sua terceira medalha e do Brasil na história, após as pratas de 2004 e 2008. O cenário de protagonismo feminino nos resultados brasileiros já se observou nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) em 2023. Das 205 medalhas conquistadas, um recorde, 95 vieram graças às mulheres, contra 92 dos homens e 18 em equipes mistas. Elas também foram maioria no total de ouros (66), garantindo metade deles. A Olimpíada de Paris começa no próximo dia 26 de julho e segue até 11 de agosto. Pela primeira vez, o megaevento terá participação igualitária de homens e mulheres. Serão 5.250 atletas de cada gênero. Curiosamente, os Jogos que marcaram a estreia feminina também foram na capital francesa, em 1900. Na ocasião, elas representaram 2,2% (22) do total de competidores (997).

Governo do Estado participa da abertura do maior evento científico da América Latina

Evento em Belém reúne cerca de 400 cientistas de todo o país, representantes de cinco pastas do governo federal e mais de 17 mil inscritos Com olhar crítico para os desafios e as oportunidades que os amazônidas vivenciam, foi aberta a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na noite do domingo (7), em Belém. A cerimônia no Theatro da Paz contou com cientistas e pesquisadores de várias partes do Brasil, reunidos na capital paraense. A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), como uma das principais apoiadoras do encontro, participou da cerimônia de abertura e participará da programação com palestras, debates e apresentação de estudos científicos, até o dia 13 de julho, na Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento é gratuito e aberto ao público. Entre as autoridades presentes estiveram na cerimônia de abertura, no domingo, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), professor Renato Janine Ribeiro; o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), professor Emmanuel Zagury Tourinho; e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Também, participaram o prefeito de Belém, Edmilson Brito Rodrigues; o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor Ricardo Galvão; a presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), professora Denise Pires de Carvalho; a secretária municipal da Educação da Cidade de Belém, professora Araceli Lemos; entre outras autoridades. Para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o evento é uma grande oportunidade de discutir temas de interesse comum. “É momento para discutir e pensar sobre o fortalecimento da ciência, tecnologia e da inovação, momento de reunir pessoas que acreditam na ciência do Brasil”, destacou. A abertura da programação teve início com apresentação do concerto da Orquestra Sinfônica Altino Pimenta da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (UFPA), com regência do professor Miguel Campos Neto. Também apresentou-se o Coro Universitário da UFPA – Coruní, sob regência da professora Cristina Mami Owtake e da Madrigal Escola de Música da UFPA, com regência do professor Adamilson Guimarães de Abreu, além de Minicortejo de Abertura (EMUFPA-Catum e convidados), sob coordenação do professor Kleber Moraes Benigno. “Precisamos explorar não apenas o que tem sido feito, mas o que ainda precisa ser feito para alcançar o desenvolvimento verdadeiro, sustentável e inclusivo dessa região. Estamos num ponto crítico da nossa história onde a necessidade da conservação ambiental se choca com as demandas de envolvimento econômico. Aqui no Pará sob a liderança do nosso governador Helder Barbalho, acreditamos firmemente que por meio da ciência, inovação e da inclusão podemos encontrar um caminho que nos leva a um futuro em que o desenvolvimento e a conservação. Acredito firmemente que, por meio da ciência, da inovação e da colaboração, podemos encontrar um caminho que nos leve a um futuro onde o desenvolvimento e a conservação andem de mãos dadas”, pontuou durante a cerimônia de abertura, Marcel Botelho, diretor-presidente da Fapespa.  Missão – O presente e o futuro da pesquisa científica na região amazônica norteiam a história de atuação da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas. Dessa forma, a Fapespa terá um grande estande durante todos os dias de evento. No local, o público poderá, a cada dia, conhecer diferentes projetos apoiados pela Fundação, com investimentos do governo do Estado. Durante a semana de evento, ao todo, serão apresentadas 23 pesquisas apoiadas pela Fundação. Os projetos abrangem várias áreas de pesquisa, como: formação de banco de espécies vegetais da Amazônia e produção de biocarvão, melhoramento de semestres de pimenta-do-reino, monitoramento da qualidade do ar, tecnologias de fornecimento de água potável para ribeirinhos, estudos envolvendo os botos-do-Araguaia e muito mais. A Fapespa estará presente ainda em outras programações oficiais da reunião da SBPC. O diretor-presidente da Fundação, Marcel Botelho, participará, no dia 10 da mesa redonda sobre o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, no Centro de Eventos Benedito Nunes, na UFPA. Ainda no dia 10, parte da programação ocorrerá no Auditório da Fapespa, onde pesquisadores debaterão oportunidades de mobilidade e cooperação científica entre Brasil e Europa. Já no dia 13, último dia de programação, a Fapespa estará presente na “Iniciativa Amazônia +10”, com pesquisas direcionadas aos desafios da Amazônia. Conhecimento – A 76ª edição tem o tema escolhido da SBPC foi “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”, que permeia toda a programação. Essa temática foi escolhida para que os debates a serem realizados na Reunião Anual possam pautar a  30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em 2025, também em Belém. “O cerne da Reunião Anual é a parte de Ciência. Serão mais de 400 cientistas de todo o País que estarão presentes nas mesas redondas, conferências, falas e discutindo como a Ciência pode melhorar a vida das pessoas e como ela pode estar alinhada com objetivos éticos fundamentais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”, ressaltou o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro. Para Regina Machado, bióloga, pesquisadora, pedagoga, que veio do município de Breves no Marajó. “É um momento importante no qual nós vamos ter contato com pesquisas importantes que vem trazer reflexões sobre esse momento que digamos conturbado. Então, estar aqui nesse momento e estar compartilhando das experiências, trocando conhecimentos e também estar se abastecendo de conhecimento”, avaliou a participante.

Famílias de Sapucaia recebem benefício habitacional

Ao todo, 180 familias foram beneficiadas com o programa do Governo do Estado que garante moradia digna aos paraenses O programa habitacional do Governo do Estado, o “Sua Casa”, beneficiou, nesta terça-feira, 180 famílias no município de Sapucaia, no sudeste paraense, com cheques que auxiliam na construção, reforma, ampliação ou adaptação de residências. O investimento é superior a R$ 1 milhão. A entrega do benefício foi feita pelo governador Helder Barbalho durante agenda de trabalho na região sudeste, entregando  obras e serviços.     O “Sua Casa” garante auxílio para aquisição de material de construção e para o pagamento dos trabalhadores empregados durante a obra. O valor concedido pelo programa é de até R$ 21 mil. Segundo estimativas da Cohab, os investimentos na política habitacional já foram expandidos para todas as regiões paraenses desde que o programa foi criado em 2019, garantindo melhorias aos lares e também gerando renda para trabalhadores da construção civil. Para o diretor-presidente da Cohab, Luís André Guedes, que esteve no ato de entrega dos benefícios em Eldorado dos Carajás, o cheque cumpre seu papel social “de chegar às famílias que tanto precisam, priorizando mulheres chefes de famílias, idosos, vítimas de desastres naturais, melhorando a qualidade de vida dos paraenses em vulnerabilidade social”. Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará A dona de casa Luzia Alves da Silva, de 62 anos, que mora na Vila do Sossego, em Sapucaia, detalha que o cheque Sua Casa chegou em boa hora. “Minha casa está só levantada e com esse cheque vou terminar de fazer ela toda, estou muito feliz de receber hoje esse benefício”, disse. Dona Zilda de Oliveira, que mora no Setor de Cerâmica, em Sapucaia, definiu que vai comprar material para terminar uma área de serviço e “concluir os acabamentos da sala, cozinha e dois quartos, banheiro, e dar um lugar melhor para minha família viver”. Tem prioridade ao recebimento do benefício Sua Casa I – A família que passou por sinistro; II – A família que habite imóvel em condições mínimas de habitação; III – A família em situação de vulnerabilidade social; IV – A família cujo responsável pela subsistência seja mulher; V – O arrimo de família; VI – A pessoa com deficiência que habite de forma permanente no imóvel objeto da intervenção do Programa; VII – A pessoa idosa que habite de forma permanente no imóvel objeto da intervenção do Programa; e/ou VIII – A pessoa com menor renda familiar dentro do limite do Programa; IX – Preferencialmente, a pessoa que resida em município com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

Quatro escolas públicas do Brasil são indicadas a ‘Melhor Escola do Mundo’

Quatro colégios públicos brasileiros foram selecionados como os finalistas do Prêmio das Melhores Escolas do Mundo em 2024, organizado pela plataforma T4 Education. O que aconteceuEscolas selecionadas “transformam vidas dentro das salas de aula e muito além”. O prêmio avalia colégios do mundo todo em cinco categorias: “Colaboração da Comunidade”; “Ação Ambiental”; “Inovação”; “Superando Adversidades” e “Apoiando Vidas Saudáveis”. Colégios brasileiros indicados estão espalhados pelo país. São eles: Escola Estadual Deputado Pedro Costa, em São Paulo (indicada na categoria “Colaboração da Comunidade”); EEEM Professora Maria Das Graças Escócio Cerqueira, em Itaituba, no Pará Conheça as escolas brasileiras indicadasEscola de São Paulo usa xadrez e clube de atletismo para formar alunos. A Escola Estadual Deputado Pedro Costa, em São Paulo (indicada na categoria “Colaboração da Comunidade”) é “impulsionada pela missão de desenvolver cidadãos conscientes e transformadores”, e “revitalizou a sua abordagem à educação, integrando atividades esportivas e cognitivas únicas. Esta iniciativa catalisou um envolvimento significativo da comunidade, transformando a escola num centro vibrante onde os recursos locais são aproveitados para expandir as oportunidades educacionais”. Colégio de Manaus se destaca em educação em áreas de difícil acesso. O Colégio Militar de Manaus (indicado na categoria “Inovação”) recebeu vários prêmios, incluindo o Prêmio de Inovação Digital e distinções em feiras científicas nacionais, “sublinhando o seu compromisso com a excelência no e-learning”. Além disso, tem mantido as notas mais altas entre as escolas militares brasileiras, validando sua qualidade educacional. Instituição de Santa Maria usa rap para educar jovens detidos. O Núcleo de Ensino da Unidade de Internação de Santa Maria, no RS (indicada na categoria “Superando Adversidades”), se destaca pelo seu projeto RAP, acrônimo para “Ressocialização, Autonomia e Protagonismo”, que usa do estilo musical para promover educação, direitos humanos e reduzir a rei… – Veja mais em https://educacao.uol.com.br/noticias/2024/06/13/escolas-brasileiras-melhores-do-mundo.htm?cmpid=copiaecola

Dólar interrompe sequência de altas e cai a R$ 5,36, após Haddad falar em revisar gastos públicos; Ibovespa recua

A moeda norte-americana caiu 0,73%, cotada a R$ 5,3670. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 0,31%, aos 119.568 pontos. O dólar interrompeu uma sequência de altas e fechou em queda nesta quinta-feira (13), à medida que investidores repercutiam novas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após a reação negativa dos mercados vista na véspera, quando o dólar chegou a bater os R$ 5,42 na máxima do dia, o ministro afirmou nesta quinta-feira que a equipe econômica vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos públicos e que deve focar na revisão de despesas nas próximas semanas. (veja mais abaixo) “Estamos dispostos a cortar privilégios”, afirmou o ministro em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira. A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), sobre os juros do país, divulgada ontem, também seguia repercutindo no mercado, bem como novos indicadores da maior economia do mundo. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, por sua vez, encerrou em queda. Dólar Ao final da sessão, o dólar recuou 0,73%, cotado a R$ 5,3670. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou altas de: Na quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,86%, cotado a R$ 5,4066, no maior patamar desde janeiro de 2023.

Compensação verde concentra terras: 0,3% possuem um quarto delas no Brasil 

Os mercados de compensação de carbono e biodiversidade estão estimulando negociações de terras em larga escala, turbinando seus preços e expulsando delas pequenos agricultores, responsáveis pelo abastecimento de alimentos básicos. O alerta é do Painel Internacional sobre Sistemas Alimentares Sustentáveis (IPES-FOOD), em relatório publicado nesta semana. Em 2023, os mercados de compensação de carbono já estavam avaliados em US$ 414 bilhões em todo o mundo, um valor projetado para alcançar US$ 1,800 trilhão até 2030. Com a especulação dos preços das terras, a concentração de terras está aumentando em todas as regiões e, segundo o relatótio, atingindo níveis sem precedentes. Um por cento das maiores fazendas do mundo agora controlam 70% das terras agrícolas do planeta.  No Brasil, apenas 0,3% das holdings respondem por um quarto das terras agrícolas. Os conflitos no campo pela posse de terras, consequentemente, têm crescido exponencialmente, sobretudo na nova fronteira agrícola conhecida como Matopiba — as sílabas iniciais dos quatro estados envolvidos: Maranhão, Tocantins, Piauí  Bahia.  A concentração de terras agrícolas é particularmente grave na América do Norte, Europa e América Latina – com o 1% do topo controlando 80% das terras agrícolas na Colômbia. “Os governos e as grandes corporações estão se apropriando de grandes extensões de terra por meio de esquemas verticais (do topo para as bases, ou “top-down” em inglês) de conservação que excluem os usuários locais da terra e os produtores de alimentos em pequena escala – aqueles que mais sofrem o impacto das mudanças climáticas – incluindo compensações de carbono e biodiversidade, iniciativas de “ganho líquido de biodiversidade” e esquemas de plantio de árvores em grande escala (sem garantir biodiversidade)”, afirma o estudo. O relatório “Encurralados O que está exacerbando as pressões sobre as terras agrícolas pelo mundo e o que pode ser feito para garantir o acesso equitativo à terra?” aponta que cerca de 25 milhões de hectares de terra foram adquiridos por uma única firma de “criação de ativos ambientais”, a Blue Carbon, sediada nos Emirados Árabes Unidos, por meio de acordos com os governos do Quênia e Zimbábue, da Tanzânia, Zâmbia, e Libéria.  “A terra e os recursos também estão sendo apropriados para a produção de biocombustíveis e energia verde, incluindo projetos de “hidrogênio verde” com uso intensivo de água e a conversão de terras agrícolas em parques solares, criando riscos e compensações para a produção local de alimentos”. O relatório também elenca como potencial de pressão das terras a migração de investidores para o setor agrícola.Os especialistas lembram que, no rescaldo da crise de 2007-08, os investidores se voltaram para as terras agrícolas para tornarem seus portfólios mais seguros, embora as terras agrícolas continuassem sendo uma porcentagem relativamente pequena de seus investimentos.  Desde então, os mercados de derivativos de terras agrícolas se tornaram cada vez mais complexos, e os financiadores encontraram novas maneiras de tornar as terras agrícolas um investimento mais atraente.  “Esses resultados podem chegar a um ponto sem retorno nos próximos anos, à medida que diferentes formas de apropriação de terras convergem e se intensificam, e as comportas são abertas para influxos de capital enormes e desestabilizadores”. Veja o que diz Ariana Gomes, secretária-executiva da Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama), sobre o estudo: “O Maranhão vem sofrendo ao longo dos anos um processo de invasão de empresários de fora, em sua maioria gaúchos, pernambucanos, cearenses, que têm adquirido terras no Maranhão, e seja pelo processo de compra ou de grilagem, tem se apossado do território. Eles estão derrubando as florestas nativas, em particular as matas do Cerrado e os babaçuais, para dar lugar à monocultura, principalmente da soja, além da presença muito forte da pecuária.  Isso se dá num momento em que há flexibilização de leis. Eu destaco a Lei de Terras, que foi aprovada no ano passado e que eu chamo de Lei da Grilagem, porque vai possibilitar que as terras públicas sejam compradas por quem tem mais dinheiro.”  “Isso tem aumentado na esteira do projeto de desenvolvimento do Matopiba, aprovado ainda no governo Dilma, que incentivou o tipo de investimento que estamos vendo agora. Esse processo de olhar para o Maranhão como um lugar propício para o desenvolvimento do agronegócio é o que está fazendo com que o preço da terra esteja subindo desta forma.”  “O que isso significa em termos agroecológicos? Os plantios de monocultura têm tomado terras de povos tradicionais e usado agrotóxico para manter esta produção. Esses agrotóxicos têm prejudicado a produção da agricultura familiar que fica no entorno dessas monoculturas. Nós dizemos que no estado do Maranhão vivemos uma guerra, uma guerra que tem destruído as plantações. Todo esse processo de especulação já está afetando a produção de arroz, milho, mandioca e legumes. E com isso estamos preocupados com a possibilidade real de aumento da fome aqui no estado do Maranhão. Ou seja, esse processo de expropriação vai impactar na segurança alimentar no nível estadual.”